domingo, 9 de setembro de 2012

Um desenho deprimido

Todos os dias quando eu acendo a luz do meu quarto, ela fica ansiosa para ver se este é finalmente o dia. Se pudesse abanava o papel tanto até o bloco cair ao chão, para eu reparar nela. Mas o dia acaba por passar e nada acontece. Os seus olhos vão ficando cada vez mais tristes, até começa a borrar. Está farta de estar assim, quer se pendurada na parede como os outros que estão por cima do sofá, logo ao lado da embalagem de Chiclets gigante. Ela gostava de me pedir, de gritar, mas permanece calada, porque não tem opção, visto que é esse o seu problema: não tem boca. Bastava eu pegar num lápis e passá-lo algumas vezes sobre o papel e ela estaria pronta para pendurar. Até já aconteceu, mas as bocas ficaram estranhas, nada como a dela é realmente e foram apagadas outra vez.
Agora está no bloco há algum tempo. Em cima da cadeira do piano e tenho de a tirar dali cada vez que toco. Mas a coitada da Marion Cotillard continua sem boca. Gostava de a acabar, mas faço muito isto. Desenho, depois alguma coisa interfere e faz com que eu pare, depois passa demasiado tempo e já não consigo acabar o desenho bem, deixando o desenho sem uma boca ou um olho...
Tal como o da Marion Cotillard. Mesmo assim, gosto dele.







PS: Este post não quer parecer poético

sábado, 8 de setembro de 2012

A coisa mais estranha que vi hoje #10









Nas minhas férias fui a Porto Covo, um sítio bastante bonito e óptimo para passar dias na praia sem fazer nenhum, visto que também não está tão cheio como o Algarve. Em Porto covo há algumas lojas de souvenirs e não pude deixar de reparar nas t-shirts com imagens peculiares de todo o tipo de imitações baratas de personagens de desenhos animados.
Será a arte tradicional de zona?

PS: Gosto especialmente do Bart onde a única alteração e a subtil mudança de um 'd' para um 'b'




A coisa mais estranha que vi hoje #9


Será baseado numa das poses mesmo naturais que aparecem nas capas da revista 'Happy'?